sexta-feira, 23 de maio de 2008

Lilica

Aqui sou Lilica, mas você sabe, eu queria ser Lilica pra você. Queria que você me chamasse assim de manhã, de tarde e de noite, na cozinha, na cama, no telefone. Fui Lilica apenas em mensagens de correio eletrônico. Criei este codinome para que só você me chamasse assim e é verdade que consegui isso algumas vezes, mas não do jeito que eu queria... Tive você, mas não por inteiro. Que lástima! De quantos subterfúgios você tentou se utilizar para adiar um encontro e quando nos encontramos você deu um jeito de fugir quando a semente seca começou a reviver. Que medo é esse que não te deixa chegar perto de mim?
Ai que saudade de você hoje, da sua pele, da sua boca, da sua cama, do seu suor... Ah! Não vou te ligar, não vou te escrever, não devo, sabe-se lá o que você está fazendo agora, em quem está pensando... Deixa tudo isso explodir aqui nesse amontoado de frases desconexas. Chega de dizer pra você, que despreza a minha capacidade de amar, deixa essa novela mexicana chegar ao final. Chega de melodrama!

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