quarta-feira, 30 de julho de 2008

Crime premeditado

Ok, você não quer mais ver a minha cara, nem tampouco apalpar a minha bunda flácida. À você não interessa conhecer minhas peculiriadades em suas variadas cores e matizes, provar meu patê de ricota com cereja e menos ainda a minha sopa de beterraba. Tá bom, não terei eternidades ao seu lado, nem mesmo sexo mecânico com hora marcada pra gozar e depois vestir a calcinha-que-estava-no-chão-sujo-com-o fundilho-virado-pra-baixo e ir embora.
Então, em vista da impossibilidade de ter o que quero ou de ter as horinhas medíocres que você me ofereceu até hoje, resolvi te matar.
Vou te sufocar com o meu travesseiro e ainda que você tente afastá-lo com toda a sua força arduamente adquirida com horas de treino exaustivo e prática de dietas, vou resistir até conseguir te deixar sem ar, mas vou fazer aos poucos, vai ser lento, assim como você fez comigo quando me mantinha em banho-maria.
Vou jogar em você todos os meus vidros de perfume francês, meus copos e pratos, o tampo da mesa de jantar, a vidraça da sala, do quarto e da área de serviço, fazer você sangrar e sentir dor, uma dor muito maior do que a que causa em mim essa sua indiferença e esses seus silêncios. Vou deixar você sangrar, sangrar, sangrar, até morrer, morrer dentro de mim...

3 comentários:

Anônimo disse...

e você ainda me pergunta porque gosto tanto de teus textos... Esses dois últimos tavam perfeitos.

Quanto a escrever um conto sobre você, posso até fazer. Manda uma descrição tua e uma foto pro meu email, ok? filosofodebar@yahoo.com.br

Abraços

Anônimo disse...

lembrei me da dona célia!! kkkk
acqua toffana!!

Anônimo disse...

algo forte, amargo e com um sabor de quero mais um pouquinho no final, né?

uau!